quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O SERVIÇO DE VOLUNTARIADO: SEU PREPARO E VOCAÇÃO



“Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Tm 2.15


O nosso preparo para realizar a obra de Deus, em qualquer área, é resultado de um conjunto de fatores, de uma série de investimentos que fazemos em nós mesmos. O fato de nos reunirmos para estudar mais apropriadamente sobre o trabalho de visitação hospitalar, carcerária e militar, não quer dizer necessariamente que estamos todos prontos para realizarmos este trabalho. É necessário sempre investir no aprimoramento do trabalho que queremos ou já estamos realizando. Pois somente o exercício da prática continuada é que lapida verdadeiramente o nosso aprendizado teórico.
O mundo como um todo está cada vez mais exigente, a preparação para o desempenho de funções profissionais específicas vai se afunilando a cada ano, e as melhores vagas sempre são conquistadas por aqueles que se preparam melhor e investem constantemente no seu preparo teórico-prático.
Recordo-me de quando fiz o curso de datilografia no ano de 1996 com meus quatorze anos, e passados dezesseis anos posso ver a diferença, pois naquele período se havia o interesse em alguém de conseguir um emprego razoável, tinha de ter o então primeiro grau completo e também o curso de datilografia, logo depois a exigência passou para a necessidade de ter o segundo grau completo e curso de computação, em pouco tempo passou-se à exigência de ter uma faculdade além do conhecimento em informática, e como se não bastasse, já há hoje em dia uma grande cobrança de uma pós-graduação.
Isso nos mostra que há uma constante e crescente exigência do mercado de trabalho, consequentemente, não podemos pensar que o trabalho desenvolvido por nós ao Senhor pode ser realizado de qualquer forma, mesmo que o façamos de forma voluntariosa na igreja ou em qualquer entidade que nos propusermos a levar a bandeira do Evangelho, pois as pessoas que serão evangelizadas ou visitadas por nós, estão cada vez mais intelectualizadas e são questionadoras, procurando num primeiro momento entender racionalmente o Evangelho.

Portanto, Paulo nos alerta em I Co 2.14 o seguinte: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” E em I Co 1.18 afirma que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem”, e é obvio que jamais poderemos fazer a diferença em qualquer área de atuação no Reino de Deus sem o devido preparo espiritual, que é de suma importância, e sem comunhão com Deus não podemos alcançar os necessitados.
Entendemos que até mesmo na vida espiritual temos que nos dedicar na preparação, tem que haver empenho e tempo para oração, jejum e consagração ao Senhor. Outro fator de grande importância é permanecermos fiéis ao chamado que nos foi confiado, desenvolvendo e se esmerando na vocação dada por Deus a nós. Jesus deixou bem claro no sermão em que cita a parábola dos talentos em Mt 25.15 o seguinte: “a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade”, a cada pessoa é dada uma quantidade de responsabilidade conforme a capacidade individual, por isso é indispensável a conscientização de que áreas no ministério temos maior desenvoltura e aptidão.
Veja o que Paulo orienta inspirado pelo Espírito Santo em I Co 1.26: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;” 7.20: “Cada um permaneça na vocação em que foi chamado”; e 7.24: “Irmãos, cada um permaneça diante de Deus naquilo em que foi chamado.”

Permanecendo assim, demonstraremos que temos um coração voluntário diante de Deus, não fazendo escolhas por atividades que mais nos são atraentes, ou por aquelas que nos darão destaque ou nos projetarão ante a igreja e demais membros do ministério. É fácil identificar pessoas que estão mais preocupadas com o status do que verdadeiramente com os necessitados, querem o título, mas não querem exercer a atividade propriamente dita. Precisamos aprender a diferenciar atividades inerentes ao exercício pastoral do dia a dia, da vocação e chamado que o Senhor tem para cada crente.
Que importância há para os holofotes em estar dedicando tempo a pessoas em estado de convalescia ou terminal, a outros que estão devidamente aprisionados em cadeias e presídios, às viúvas e órfãos, e tantos outros segmentos dos rejeitados pela sociedade. O fator motivacional não deve estar alicerçado no interesse próprio, pois essa atitude é egoísta e está focada no “eu”. Nossas atividades não devem ser realizadas para que os demais nos aplaudam, pois agindo assim, estaremos contradizendo o mandamento Divino que é o amor.
O amor nos motiva à empatia, nos motiva a exercer a verdadeira religião de Tg 1.27, “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” Faz-nos olhar ao caído e necessitado e sentir a sua dor, faz-nos socorrer numa atitude como a do bom samaritano, que faz o bem sem olhar a quem, e pratica o amor evidenciado e vivido por Jesus como está escrito em Lc 10.27 “A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” E Gl 5.14, “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Que nós estejamos sempre firmado nesse amor verdadeiro, buscando viver exatamente o que Deus tem preparado a cada um dedicando tempo em amor para os que precisam receber a semente do Evangelho. Que a verdade expressa em I Co 12.27-31 – 13.1-7;13, seja evidenciada não apenas na nossa retórica, mas principalmente no nosso testemunho diário de vida, para que desta forma possamos receber as boas vindas do Senhor Jesus descrita em Mt 25.34-40, mas ai daqueles que viverem em prol de seus próprios interesses, pois naquele dia receberão a devida paga conforme Mt 25.41-46.



Pr. Alessandro Assis

Um comentário:

  1. Estou seguindo teu abençoado blog,e espero tua nobre visita no meu blog laudiceiamendes.blogspot.com,é para mim muito gratificante fazer parceria com os irmãos Curitibanos!
    Laudiceia Mendes

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